Ford e Volkswagen estão, mais uma vez, trabalhando juntas. Mas quem pensa que é uma espécie de retorno da Autolatina, está enganado. Por ora, a colaboração deve trazer ao mercado as novas gerações de Ranger e Amarok, que compartilharão algumas peças e, possivelmente, plataforma. Mas, segundo o site Argentina Autoblog, a parceria pode render também SUVs de sete lugares de ambas as picapes, para rivalizar com, por exemplo, Toyota SW4 e Chevrolet Trailblazer, que, assim como os futuros carros, derivam, respectivamente, de Hilux e S10.
A parceria entre as duas marcas prevê, por assim dizer, uma troca de experiências. A Ford compartilha seu know-how na fabricação de picapes e veículos comerciais, e a Volks oferece a contrapartida com a experiência em carros elétricos e experiências de condução autônoma. A parceria, inclusive, tem nome: “Projeto Ciclone”.
Vale frisar que ambas – Ranger e Amarok – já tiveram SUVs. A picape da Volks chegou a ter um utilitário esportivo desenvolvido, mas que nunca viu a luz do dia, enquanto a Ranger tem sua versão “fechada”, o Everest, vendido em alguns mercados como Tailândia e África do Sul, já tendo sido cogitado para a América do Sul sem nunca, contudo, ter vindo. Inclusive, o Argentina Autoblog antecipa que os projetos de SUVS tem até código: U704. A nova Ranger é conhecida como P703 e a Amarok tem o codinome J73.
Sobre a possibilidade de estes futuros SUVs chegarem ao Brasil, o da Amarok é mais remoto. O segmento de médios/grandes da fabricante alemã é representado pelo Tiguan Allspace, que carrega sete pessoas. Já do lado da Ford, há mais possibilidades, uma vez que a linha da marca do oval azul no Brasil hoje tem apenas EcoSport e Edge. A gama pode crescer com as prováveis chegadas de Territory e Escape, ainda esse ano.
Enquanto o primeiro virá da China com motor 1.5 turbo e câmbio CVT para enfrentar o Jeep Compass, o segundo será importado dos Estados Unidos apenas na versão híbrida. No entanto, isso abre espaço para um SUV de sete lugares, e é aí que reside a chance da chegada da versão fechada da Ranger (ou “novo Everest”, talvez). Dessa forma, resta aguardar para ver os novos passos da parceria e, também, se as novas “crias” aparecerão no Brasil.
