O cenário continua complicado no que diz respeito às vendas de automóveis e comerciais leves zero-quilômetro. No mês de março, a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) registrou 134.904 emplacamentos de modelos desses segmentos no país. Em relação a março/2021, quando 177.080 carros novos saíram das concessionárias, queda chegou a 23,8%. Esse foi o nono mês seguido de retração e o pior março dos últimos 18 anos.
Já no acumulado do 1º trimestre, houve redução de 24,76% sobre o mesmo período do ano passado. De janeiro a março deste ano foram emplacados 374,5 mil modelos, enquanto em 2021 número chegou a 497.812.
Para José Maurício Andreta Jr., Presidente da Fenabrave, o desempenho no trimestre é reflexo de um conjunto de fatores, nacionais e globais. “A variante Ômicron afetou a produção de diversos componentes industriais e a venda de veículos, no início do ano. Em seguida, houve o conflito entre Rússia e Ucrânia, que deixou muitos consumidores preocupados, especialmente, com os preços dos combustíveis”, afirma.
Apesar desses resultados negativos, houve crescimento de 9,6% nas vendas de automóveis e comerciais leves, em março, em relação a fevereiro deste ano. E a redução do IPI, prorrogada pelo governo federal até o final de abril, dá esperança ao setor para aquecer o mercado no quadrimestre. Segundo Andreta Jr., medida tem potencial para melhorar os índices.
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