Após um mês de julho com 215,6 mil emplacamentos e recorde de vendas em 31 meses, o mercado de veículos leves registrou queda de 8,6% em agosto, quando foram comercializadas 196.977 unidades.
É o segundo melhor mês do ano, com volume ligeiramente superior ao de agosto do ano passado (195.030), conforme dados preliminares divulgados por fonte do setor automotivo. Antes de julho, o melhor mês tinha sido março (186,5 mil leves).
Na média diária, foram 9.564 unidades em agosto, recuo de 16,6% sobre julho (10.266). No mesmo mês de 2022 foram 8.480 vendas por dia útil, ou seja, volume também próximo ao deste ano.
O decréscimo no confronto mensal já era esperado visto que em julho praticamente acabou o estoque de modelos contemplados pelo pacote “carro mais barato” do governo federal, criado em 6 de junho pela MP 1.175. Naquele mês, o reflexo no varejo ocorreu apenas nos últimos dias.
Ao contrário do que disse o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Jr., sobre a volta em agosto do patamar de junho, verifica-se alta de 9,6% nesse comparativo. No último mês do primeiro semestre foram emplacados 179,7 mil automóveis e comerciais leves.
No acumulado do ano foram licenciados 1.349.413 veículos leves, alta de 11% sobre total de 1.220.409 do mesmo período do ano passado.
Certo é que os negócios no atacado seguem fortes, segundo informam alguns concessionários. Dados da consultoria Bright Consulting confirmam esse movimento: fatia das vendas diretas, que na primeira quinzena estava em 39,7%, saltou para 45,6% no mês, devido aos números dos dias 16 e 21 de, respectivamente 9.393 (58,1%) e 11.146 (59,1%).
O balanço oficial das vendas internas, com porcentuais de varejo e atacado, será divulgado pela Fenabrave na próxima segunda-feira, 4, e dois dias depois, na sexta-feira, 6, a Anfavea revela também números de exportação e produção.
