O preço do litro do combustível em Sergipe sofrerá aumento duplo a partir desta quinta-feira, 01, ocasionado pelo reajuste no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), com um aumento de R$ 0,15, equivalente 12,5%, saindo de R$ 1,22 para R$ 1,37 na gasolina e no álcool, e pela alteração nos preços da Acelen (responsável pela maioria dos combustíveis que abastece Sergipe), com um aumento de R$ 0,08 para a gasolina sem mistura, e R$ 0,06 para a gasolina com mistura. Já o reajuste no ICMS sobre o diesel, será de R$ 0,12, saindo de R$ 0,94 para R$ 1,06, e para o GLP, acréscimo R$ 0,16, saindo de R$ 1,25 para R$ 1,41.
Com a mudança no ICMS, o preço da gasolina, diesel e gás de cozinha será reajustado em todos os estados do país. A decisão do reajuste foi tomada em outubro de 2023 pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), órgão que reúne secretarias da Fazenda de todo o país.
O Garagem Sergipe entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), que informou que atualmente o valor do ICMS é cobrado por litro de combustível e não mais por um percentual em cima do valor do litro, explicando a elevação nos preços.
Entramos em contato também com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Sergipe (Sindpese) para saber a respeito do preço dos combustíveis nos próximos dias, questionando se haverá expectativa de aumento para o consumidor, mas até o momento não obtivemos resposta.
Para Wilson Mascarenhas, comerciante que faz uso constante do seu veículo e que abastece com frequência, o preço do combustível aumenta continuamente, impactando diretamente na renda do consumidor, que vê os gastos aumentando e o salário estagnado.
“Esse aumento do combustível é um descontentamento não só para mim, mas para todos. Se você for ver no dia a dia, o seu salário, por exemplo, é uma coisa que aumenta um percentual insignificante, mas a gasolina é um absurdo, aumenta diversas vezes em um ano, em um mês, às vezes em uma semana, duas ou três vezes. Então, é muito impactante para nós, trabalhadores, que precisamos do veículo, porque o nosso transporte público, no caso, para mim, não funciona”, desabafou.
E deixa questionamentos: “É muito impactante na minha renda, porque o combustível está representando aí quase 20, 30% da minha renda. E aí, você vai fazer o quê? Você vai andar de carro? Você vai comer? Você vai fazer o quê? É uma coisa que realmente esse nosso governo tem que olhar, porque está um absurdo. O governo não favorece a você para nada, é só o aumento de combustível. E aí fica a pergunta, até onde a gente vai aguentar pagar isso?”, questionou indignado.
