Tem notícia importante para o mercado de veículos do Brasil: a ida do presidente Lula à Colômbia pode gerar resultados, uma vez que as tratativas giram em torno de possível acordo de livre comércio de veículos entre os dois países. As conversas estão em andamento e contam com a participação de diretores da Anfavea, que compõem a delegação presidencial brasileira.
Os dois países já possuem desde 2017 um Acordo de Complementação Econômica (ACE) que prevê isenção de alíquota de importação de veículos entre os dois países através de cotas. O novo acordo negociado agora será muito mais amplo, visando eliminar totalmente as barreiras e estabelecer relação parecida com a que já existe com Argentina e México, por exemplo.
Relação
Hoje a Colômbia compra bastante veículos do Brasil, sendo o quarto maior comprador (tereceiro até pouco tempo atrás). Como exemplo, no primeiro trimestre do ano passado, foram enviados para o mercado de lá cerca de
15.000 veículos (a cota anual de isenção de alíquota é de 50.000 unidades). Em 2024, porém, a cifra caiu para 6.300 unidades, principalmente em razão da queda nas vendas do mercado local. A Argentina é o maior importador de veículos do Brasil, com 29.000 unidades no trimestre, seguida pelo México, com 18.400 unidades, e Uruguai, com 7.500 unidades.
A reunião entre o presidente Lula e o o presidente colombiano, Gustavo Petro, ocorreu no dia 17 e tratou do assunto, assim como temas relacionados à bioenergia, desenvolvimento sustentável e integração regional. A indústria brasileira torce pelo acordo, já que o acesso facilitado ao mercado colombiano pode resultar em ganhos de produção importantes para o país.
A lista de veículos brasileiros exportados para o país é extensa. A Hyundai, por exemplo, envia os HB20, HB20S e Creta. Já a Volkswagen exporta Polo, T-Cross, Nivus, Saveiro e Virtus. No grupo Stellantis, os Fiat Mobi, Pulse e Fastback, além dos Jeep Renegade, Compass e Commander vão para a Colômbia. A picape RAM 700, clone da Fiat Strada e produzida em Betim (MG), também é exportada.
