Depois do anúncio de que Nissan e Honda fariam um elétrico em comum, agora é a vez de outras duas japonesas se juntarem: a mesma Nissan, mas dessa vez com a Mitsubishi, fecharam um acordo para desenvolver vários veículos eletrificados nos EUA e na Ásia, commo forma de minimizar os custos de desenvolvimento em um momento em que o crescimento dos veículos elétricos desacelerou e as principais fabricantes estão buscando os híbridos plug-in até que os elétricos tomem novo fôlego.
A ideia veio da conveniência: a Mitsubishi não tem nenhum veículo 100% elétrico na maioria dos mercados, enquanto que a Nissan não tem nenhum híbrido plug-in e nenhuma das duas tem uma picape movida a bateria. Daí, segundo o CEO da Nissan, Makoto Uchida, essa primeira colaboração entre as duas empresas produzirá pelo menos três veículos distintos.
A “troca de expertises” virá da seguinte forma: Nissan usará a tecnologia da Mitsubishi, que fabrica o Outlander PHEV, para lançar um híbrido plug-in. Já a amarca dos três diamantes, por sua vez, terá um novo carro nos EUA usando a tecnologia EV da Nissan, possivelmente a mesma usada no crossover Ariya.
Lançamentos
A Nissan, em sua última apresentação, falou em 30 novos modelos até o ano fiscal de 2026, sendo 16 eletrificados. Logo, a tendência é que dois novos modelos da Nissan e um da Mitsubishi (frutos dessa parceria) cheguem às ruas. E a dita picape elétrica de 1 tonelada também será feita em conjunto, provavelmente resultado em dois modelos diferentes. Segundo o portal Automotive News, a nova picape deve chegar em algum momento entre 2027 e 2031, sucedendo a Frontier à combustão.
A picape será fabricada no México e vendida nos Estados Unidos e na América Latina para contornar as tarifas de importação que os modelos trazidos do exterior enfrentam. Será feita também na Argentina, onde dará origem a uma variante da Renault, como nova geração da Alaskan. E segundo a fonte, ainda é considerada uma versão híbrida plug-in.
Ainda há dúvidas se o carro elétrico, o híbrido plug-in e a picape elétrica serão iguais, mudando somente o logotipo, ou modelos distintos da Nissan e da Mitsubishi. Porém é notório que o uso da tecnologia de um parceiro da aliança é uma maneira rápida e relativamente barata de uma fabricante atingir suas metas de emissões de frota. Porém, simplesmente colocar outro emblema em um carro existente pode não agradar a todos os clientes. De toda forma, aguardemos pelos próximos capítulos da aliança.
