Como prometido ao público, a Renault lançou oficialmente o Kardian, seu novo SUV compacto. No evento mundial de apresentação, ocorrido no Rio de Janeiro, termos como “SUV compacto”, B-SUV” e até “crossover foram usados”. Independente da denominação, a novidade chega para fazer frente a Volkswagen Nivus e Fiat Pulse, com diversos predicados para isso.
Para quem acreditava que ele ocuparia o espaço do Sandero Stepway (até pelas dimensões serem semelhantes), o vice-presidente mundial responsável pelos produtos com a marca Renault, Bruno Vanel, deixou claro que é um veículo novo “É um carro todo novo, projetado como Renault, e nada tem absolutamente nada ver com o Dacia Sandero atual. A plataforma é diferente, o eixo traseiro é diferente, a altura é diferente…”, frisou.
Novo até na plataforma
O Kardian inaugura mundialmente uma nova plataforma da Renault. Modular, ela servirá para veículos entre 4 e 5 metros de comprimento, tanto para motores apenas à combustão como para os mild-hybrid (48 volts) ou híbrido convencional. Essa plataforma não foi feita para carros elétricos. Possui alguma conexão com as CMF-B usadas na Europa, mas com muitas diferenças de arquitetura.
O primeiro lugar onde o Kardian sairá será justamente no Brasil, onde a produção começa no Paraná em janeiro, com as primeiras unidades sendo entregues em março. Depois o SUV deve dar as caras em mercados emergentes na África e Ásia. O Brasil foi escolhido para a estreia por importância estratégica: “o segundo mercado mundial da Renault, ficando atrás apenas da França. Além disso, Argentina e Colômbia também estão na lista dos nossos dez maiores mercados, e o México vem logo depois”, detalha Vanel.
Hatch? Não senhor
Como dito, por mais que o Kardian possa se assemelhar a um hatch (medindo 4,11 m de comprimento e 2,60 m de entre-eixos) , a Renault o define como um SUV, tanto que ele não “matará” o Sandero Stepway (que mede 4,07 m e 2,59 m e hoje está na faixa entre R$ 84 mil e R$118 mil), mantendo o hatch em linha e colocando o lançamento em preços que começam por volta dos R$ 110 mil, concorrendo com os já mencionados VW Nivus e Fiat Pulse.
Além da plataforma inédita, o motor também é novo, sendo um 1.0 turbo de três cilindros e injeção direta, batizado de HR10. Este motor é inteiramente Renault, sem paralelo com os Nissan. Ele rende 125 cv de potêncai e 22,4 kgm de torque, de onde vem o “nome fantasia” de 220. Conjugado a ele, haverá um câmbio de seis velocidades, dupla embreagem e borboletas para troca de marcha. O argumento para este tipo de transmissão, segundo a Renault, é uma economia de até 20% no consumo em relação ao CVT.
No estilo, se destaca a grade dianteira com pequenos losangos e acabamento em black piano. Ele também tem a primazia de ser o primeiro Renault com a nova logo, batizada de “Nouvel R”, ladeada por faróis full-LED. Na traseira, destacam-se as lanternas em “C”. E sobre o rack de teto, uma curiosidade: com a ajuda de uma ferramenta, as barras longitudinais do rack podem mudar de posição (de longitudinal para transversal), facilitando a fixação de diferentes cargas, com até 80 kg.
Equipamentos
O espaço interno é amplo (herança do “primo” Sandero) e o porta-malas tem 410 litros. Entre os itens de série, há um quadro de instrumentos totalmente digital, bem como uma multimídia de 8″ no painel com pareamento para Android Auto e Apple CarPlay. O câmbio automatizado tem um seletor que é uma pequena alavanca retangular, e o freio de mão é por botão.
No modelo apresentado há seis airbags e 13 sistemas auxiliares de condução, como alerta de ponto cego, frenagem ativa de emergência e até Cruise Control.
