O mercado de picapes médias vem ganhando novos nomes com o passar dos anos. Se até o começo dos anos 2010 era impensável uma representante da Volkswagen no segmento, agora chegará mais uma novata: a Peugeot, com a Landtrek, que chega para rivalizar diretamente com S10, Ranger, Hilux, Amarok, L200 e Frontier. A picape será vendida a partir do segundo semestre de 2020 em diversos mercados da América Latina, chegando inicialmente no México, e em seguida Equador, Peru, Guatemala, Panamá, Paraguai, República Dominicana e Uruguai. O Brasil também receberá, mas num momento posterior (talvez em 2021), junto com Chile e Argentina.
A construção da nova picape veio em parceria com a fabricante chinesa Changan, que já fabrica a “prima” da Landtrek, a Kaicheng F70. A referência para o desenvolvimento foi a Toyota Hilux, segundo informou o CEO da Peugeot, Jean Phillippe Imparato ao site Motor1. O projeto da picape prevê um veículo com capacidade de carga por volta de 1 tonelada e também para uso comercial. Por isso a Landtrek tem construção de carroceria sobre chassi (e não monobloco, como na Fiat Toro, por exemplo), oferecendo quando à venda versões de cabine-chassi, cabine simples e cabine dupla, com versões voltadas ao trabalho e ao lazer.
As dimensões da nova picape devem ser próximas às das rivais, com 5,33 m de comprimento na versão cabine dupla (5,39 m na cabine simples) e 1,92 m de largura. A capacidade de carga, como dito, é de 1 tonelada, podendo chegar a 1,2 t em algumas versões. Para o off-road, ela contará com vão livre de 235 milímetros, ângulo de ataque de 29° e saída de 27° (30° e 26°, respectivamente, na versão de cabine simples). A tração é 4×4 conectável com reduzida e diferencial traseiro blocante.
Em termos de estilo, a Landtrek terá a frente diferente da F70, com grade nova e feixes de LEDs que “imitam” as presas de um leão, para dar uma identidade visual da Peugeot, com a traseira bastante parecida. No interior, ambas serão quase iguais, com mudanças apenas na alavanca de câmbio e no óbvio logo no volante. A Peugeot diz que a inspiração para o interior foi do SUV 5008, modelo mais caro da linha no país. Sobre os equipamentos, ela terá uma lista recheada nas versões mais caras: ar-condicionado automático de duas zonas, controle de estabilidade e tração, assistente de descida, seis airbags, alerta de saída de faixa, faróis e lanternas em LED e de 1 a 4 câmeras, dependendo da versão. Na variante mais completa, terá uma câmera off-road do lado do passageiro e visão 360°.
Em termos de motorização, ela será oferecida com um 2.4 turbo de 210 cv e 32,6 kgfm abastecido com gasolina; e um 1.9 turbodiesel de 150 cv e 35,7 kgfm, que promete um consumo médio de 12,8 km/litro. Ambas podem ser acopladas ao câmbio manual ou automático, sempre de 6 marchas. Ainda não há certeza se estas serão as motorizações da versão nacional, uma vez que o material de imprensa da Peugeot não diz nada a respeito dos motores.
Com informações do site Motor1 e da Peugeot
